Apesar de torturas e
perseguições, pastores presos rejeitam negar a Cristo e convertem dezenas de
muçulmanos na prisão
Apesar de muitos pastores, missionários e cristãos
estarem presos e incomunicáveis, alguns outros ainda podem contar sobre como
estão vivendo na prisão. É o caso dos pastores Abdi Ali Hamzah e Saeed Abedini
que apesar de torturas e maus tratos, não aceitam se converterem ao islamismo e
com suas pregações na prisão conseguiriam ajudar a converter várias muçulmanos
a Cristo.
Abdi Ali Hamzah,
conhecido como pastor Jamal, havia sido condenado a cinco anos de prisão, por
suspeita de trabalhar como espião para o Irã, país vizinho ao
Iraque. Durante os 21 meses que esteve preso, Jamal pregou o Evangelho
para seus colegas de prisão, e 28 deles se converteram, abandonando o
islamismo. A decisão que o pôs em liberdade veio do presidente do país,
que o concedeu um indulto, que na prática significa perdão das acusações, um
fato inédito.
“Nunca tinha acontecido
isso antes. É a primeira vez que o perdão é concedido a um muçulmano que se
converteu ao cristianismo e, ainda no seu tempo de prisão, converteu a
fé cristã outros muçulmanos na prisão. É inacreditável”, disse Terry
Law, presidente da entidade World Compassion. “Eu estava tão animado
quando recebi o telefonema, que não podia acreditar nos meus ouvidos”,
acrescentou.
A acusação feita contra
Jamal se baseou em seu trabalho humanitário de distribuição de
alimentos aos necessitados que viviam em aldeias de refugiados do Irã. Quando
as autoridades descobriram que ele havia abandonado o islamismo e se tornado um
cristão, o detiveram. “Nós fizemos umaentrega de comida nos campos
de refugiados em 2010 e ele nos ajudou, e logo depois de deixar o Curdistão do
Norte ficamos sabendo que o tinham levado preso”, relembrou Terry Law.
“Ele foi preso sem
acusação por 14 meses. Durante esse período de tempo, eu tentei
desesperadamente tirá-lo da cadeia”, afirmou Law, em entrevista ao The
Christian Post. “Tínhamos também uma grande preocupação com o estado de
saúde do pastor, pois ele já havia detectado um tumor e necessitava
receber o tratamento médico”, complementou.
Os companheiros de
missão do pastor Jamal chegaram a acreditar que sua saúde fragilizada não
permitiria que ele resistisse muito tempo sem o tratamento: “Quando fomos
visitá-lo, o diretor o deixou sair da cela dele. Ele estava animado em nos ver.
Ele caiu de joelhos, e tinha fortes dores de cabeça. Pensamos que não
suportaria”.
O envolvimento do
senador norte-americano James M. Inhofe foi essencial para que as
autoridades do caso revissem o trâmite e outros detalhes do processo. Com isso,
numa reunião entre o ministro do interior iraquiano Karim Sanjari e o fundador
da World Compassion, Terry Law, foram dados passos rumo à liberdade do pastor.
“Foi através do ato de
coragem do presidente Masoud Barzani e o governo regional curdo, que o pastor
Jamal foi perdoado e libertado da prisão”, disse a World Compassion em nota
oficial.
Outro pastor que também
sofre com a perseguição contra cristãos, é Saeed Abedini que está preso no irã.
Segundo sua esposa, em palestra dada a alguns dias em uma universidade, apesar
das torturas e tentativas de obriga-lo a se converter ao islamismo, Saeed não
para de pregar a Palavra.
“Eles [justiça do Irã]
lhe disseram muitas vezes que o libertariam-no e permitiriam que voltasse para
a nossa família, as crianças e eu, se ele negasse sua fé em Cristo, e ele se
manteve forte naquela prisão… Ele levou muitos, mais de 30 pessoas a Cristo, na
prisão”, disse Naghmeh, esposa de Saeed, que completou afirmando que
“agora é o momento de falar, de exortar o Irã a libertar o pastor Saeed”,
conclamou ela.
Por Tiago Chagas e Renato
Cavallera, para o Gospel+
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